quinta-feira, 2 de outubro de 2008

“Só os doentes do coração deveriam ser atores”

Quando soube que era um monologo, fiquei com um pé atrás. Nunca assisti a um.
Fiquei pensando: “como deve ser cansativo... uma pessoa só falando, falando, falando...”.
Quando cheguei na porta da sala, no 11º andar, muito me agradou o cenário e a distribuição das cadeiras... misto de sala experimental com arena. Pequena, aconchegante. Intimista! Comecei a perder o medo.
O ator sentado na cadeira, com um pano vermelho que o cobria quase por completo. Uma mulher tocando arcodeon enquanto todos se acomodavam. Um cenário belo. A iluminação, mais ainda. Eu já estava muito à vontade.
Fiquei hipnotizado com a atuação do Petry. A maneira como ele alternava suas expressões e sentimentos, da mais contagiante alegria, para a mais horripilante tristeza e inevitável choro, me fascinou.
O texto, muito rico, me fez pensar em vários momentos. Tocava nos anseios, medos, alegrias, vontades, saudosismo, solidão.
Vale muito.

Serviço:
Sesc Paulista
Quartas e quintas as 21h
Curtíssima temporada

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